Comunicação, Cultura e Habana Blues

17:46 Posted by Manu Teixeira

O filme Habana Blues, lançado em 2005 e dirigido por Benito Zambrano, conta a história dos músicos cubanos Ruy (Alberto Joel García) e Tito (Roberto San-Martin), jovens cujo sonho era o de se tornarem astros da música. Uma proposta de empresários espanhóis para assinar contrato com uma gravadora e ir para a Espanha é o tema que desenvolve o roteiro do filme. Os protagonistas vivem a contradição de continuar a carreira incerta em Havana (onde o filme é ambientado) ou partir e aceitar as condições impostas pela gravadora: pequenas porcentagens de lucro e alteração das músicas.


Habana Blues já valeria apenas pela diversidade musical de Cuba: baladas românticas, reggaes, raps e vários estilos de rock. Diversidade que desperta a curiosidade da gravadora, do “proibido” de que fala o filme, e que faz da arte um modo de resistência cultural.
Porém, o filme vai além. As relações econômicas entre os países são reconhecidas no filme, bem como a exploração norte-americana e européia sobre a cultura popular cubana. A Espanha quer vender a “música proibida” de Cuba, mas depende dos Estados Unidos para fechar o contrato.

A decadência do país, que sofre com o bloqueio econômico norte-americano, é representada nas cenas da cidade em ruínas, na falta de energia, nos trabalhos informais para a sobrevivência, nos veículos de transporte atrasados, na falta de alimentos.
A crise latino-americana passa por uma economia estagnada que não acompanha o aumento populacional e gera o crescimento da marginalização. Para fugir da miséria, muitos realizam viagens clandestinas para países como os Estados Unidos.

1 comentários:

José Gonçalves disse...

Adorei o filme ,embora a minha vida não esteja relacionada com a musica ,fez me pensar nas opções que as vezes temos que tomar...

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